Coordenadores: Prof. Florisvaldo Paulo Ribeiro Júnior (PPGHI/UFU); Profa. Mara Regina do Nascimento (PPGHI/UFU)
Os sentidos que a historiografia atribuiu aos termos festa e trabalho são fluidos, móveis, por vezes conflituosos, intercambiáveis ou de negociação. Parece não haver conceituação mínima ou unívoca para as interpretações da Festa ou do Trabalho que são, certamente, expressões da vida cotidiana, em diferentes espaços, tramas e temporalidades. As festas têm sido compreendidas e explicadas como manifestação do sagrado, dos rituais da morte, da subversão, da alegria, do grotesco e, não poucas vezes, como oposição à lógica dos imperativos do mundo do trabalho.
Por sua vez, o trabalho, percorrendo idêntico caminho instável e tortuoso atribuído à festa, foi representado como labor, tortura, negação do ócio, caminho da redenção, entre outros, definindo as relações sociais instituídas e suas hierarquias.
Este GT tem como proposta reunir pesquisas concluídas, ou em andamento, que procurem debater a escrita da História, a Festa e o Trabalho, do século XVIII à contemporaneidade, bem como promover reflexões sobre as aproximações que esses dois conceitos permitem, quando analisamos o cotidiano no Brasil e suas representações.
