quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

GT.9 - Percursos do pensamento histórico ocidental: tradição e inovação


Coordenadores: Prof. Dr. Alexandre de Sá Avelar (PPGHI/UFU); Prof. Dr. Amon Pinho (FACIP/UFU)

O aumento expressivo de pesquisas, publicações, eventos e grupos de estudos e investigação, ao longo do último decênio, dedicados à área de teoria da história e história da historiografia (geral e brasileira), tem evidenciado, de forma inequívoca, a centralidade que as questões de ordem propriamente teórico-historiográfica passaram a ter na cena atual da disciplina historiadora. Momento propício, portanto, como se tem verificado, seja para a concepção e desenvolvimento de novas abordagens e problematizações, seja para a realização de balanços críticos quanto aos resultados alcançados no âmbito dos debates teórico-metodológicos e das historiografias levadas a termo nas últimas décadas, seja ainda para a revisitação esclarecedora dos muitos percursos e viragens do milenar pensamento histórico ocidental. Nesse sentido, e segundo a inclinação em se constituir num espaço o mais amplo possível de reflexão, o presente grupo de trabalho volta-se aos pesquisadores que se têm ocupado dos conceitos antigos ou modernos de história, bem como das práticas historiográficas em cada um deles recorrentes. Do viés substancialista da Grécia Clássica às perspectivas anti-fundacionalistas dos pós-estruturalistas franceses e norte-americanos, na esteira de Nietzsche e Heidegger; do topos de longa duração histórica da “história mestra da vida” às ideias de história universal dos séculos XVIII e XIX, sem esquecer do pioneirismo de um Políbio ou dos tentames universalistas no espaço da Cristandade; ou, ainda, para melhor referirmos algumas das concepções de história desde há um século – Annales, história social inglesa, cliometria, nova história, história dos conceitos, micro-história italiana, nova história política, nova história cultural –, põe-se como objetivo reunirmos e discutirmos trabalhos que se debrucem sobre uma ou (em viés comparativo) mais dessas teorias e escritas (prolíficas) da história, bem como sobre os inúmeros objetos - novos ou não - com os quais o pensamento histórico passou a dialogar ao longo das últimas décadas, tais como imagens, corpo, infância, identidades culturais, entre outros.